recomeça o futuro sem esquecer o passado

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30 de setembro de 2013

Palavreado solto.

De todos os mil dias que te dei, me lembro só de um. O que levaste contigo. Agora se calhar queria ter companhia e foi nesse que a levaste e nem 5 minutos deixaste para eu olhar um olhar que me olhava. Depois se calhar ia querer mais, e desilusão em desilusão chegaria à conclusão que todos os outros dias eram mesmo para esquecer outra vez.
Agora que me lembrei de ti fiquei triste porque já não me lembro a cor natural do teu cabelo sempre pintado, do teu sorriso sempre forçado e da tua companhia sempre cansada.
De tantos dias gastos a tentar esquecer pouco me lembro que valha a pena recordar. São os que levaste contigo e esqueceste de devolver mesmo em carta simples não registada.
Tantos dias tem uma vida que só recordo o que não devia.  Lembraste do relógio que te ofereci, era mesmo para te dizer que devias chegar sempre a horas. E o colar de ouro era mesmo só para esconder uma escapada de memória dum aniversário que tinha passado despercebido e que tinhas amuado. 
São coisas soltas assim que dão luta. 



Sanzalando

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