
Afinal de contas eu, Zé, de apelido Ninguém, acho nem isso tenho porque já o deixei escapar, faz tempo que a neve derreteu nos trópicos e eu não estou doente, nem mental nem fisicamente.
Raiva e Rejeição até que faziam um casal jeitoso, ambos começados por R e se calhar do mesmo signo, seriam leais, sofreriam de amor e não teriam lembranças de esperanças vazias e de Saudade travestida de Nostalgia em panos de Neblina.
E eu sem rasto, sem pegadas para seguir deixo escapar algumas palavras que não caíram no lixo, que não foram atropeladas pelo Ódio nem escurecidas pela Raiva.
Eu, Zé, de apelido Ninguém, acho maltratas quem te gosta e não sabes que o Amor não é um jogo para se jogar sem medo de perder, não te falo as palavras cheias, recheadas de lições e em cama de cultura
porque eu não sinto saudade das lágrimas que chorei, dos sorrisos que sorri nem dos Ódios que possa vir a sentir.
Eu mesmo, antes de adormecer vou pensar em acordar sem ter conhecido todos os erres que fazem doer e pensar nas coisas que acontecem sem ter alguma vez pensado nelas e que me mudaram para sempre.
Sanzalando
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