Fosse eu outro que não um Zé de nome e Ninguém de apelido e pediria mais amores e menos dores, mais passeios de fim de tarde, mais abraços e carinhos, beijos e afagos e gritaria bem alto que a vida é curta de mais para ter um Ódio como vizinho.
Já estou a imaginar os nomes que me estão a chamar quando eu disser que a Vida é para ser preenchida e o sentimento não se propaga no vazio nem por semi-condutores, wi-fi ou bluetooth. Sentimento não é bom condutor e por vezes é redutor e gasta energia, transforme vento em brisa, chuva em cacimbo, dia cinzento em brilhante luz solar. É por isso que Vida não é feita de fita isoladora nem embrulhada em borracha.
Imagino as palavras que ouço em surdina quando disser que a Vida não pode ser um buraco negro dos filmes de ficção, mas é um campo magnético de atracção quase fatal que transfere calor de um corpo para outro.
Eu, de nome Zé e apelido Ninguém, virei um homem tecnológico porque não quero ter mais um coração gelado.
Sanzalando
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