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24 de outubro de 2004

Um café na Esplanada (40)

Vai mais umas 26-07-2004 12:48

Hoje trouxe lápis e papel mesmo se apetecer escrever escrevo. Vou lendo aqui e ali, tens conspirações e constipações para todos os gostos e desgostos.Vai uma gelada para refrescar a alma e relaxar os músculos do braço que teima transpirar como o resto do corpo.
Aqui, na parte que dizem é de cima do Equador está calor que queima até as árvores que não podem fugir.
Paga mais outra gelada. Uma de vocês as três paga esta, as outras pagam as outras e assim sucessivamente até ao ponto final parágrafo.
Tens alergia do Sol?. Te senta na sombra mas deixa mesmo a carteira. Fénix deita fogo se apanha Sol?. Deixa ela mesmo na sombra. Paguem mas me deixem pensar e escrever pode ser hoje seja dia de escrever. Rabisco com letra de ler: O Tonhotonho já tinha bebido mais que muitas garrafas de cerveja, das estupidamente geladas, e, no auge da bezana, decidiu ir para outro boteco. Bêbado é assim, quando decide, tá decidido. Mas quando se foi levantar da cadeira, catrapuz, caiu mesmo com tromba no chão. Então ele tentou levantar e, pá, caiu de novo que parecia chumbo mesmo de pesado. Então Tonhotonho rastejou o corpo pesado pela barriga até na porta do bar. Quem sabe, toma com ar fresco na tromba ele ia mesmo se levantar? Ele esperou mais um pouco, tentou contrariar a gravidade que tava mesmo contra ele e, bum, desmoronou outra vez parecia castelo de carta de jogar. Então ele começou a imitar serpente, apoiando a volumosa pança, que parecia mataborrão, e com a pontinha do dedo grande dos pés, lá foi ele serpenteando. Pelo menos isso ele conseguiu. Foi serpenteando pela rua e teve que pelo menos uma idéia inteligente: resolveu desistir do outro bar e ir pra casa, já que desconseguia nem andar ou rastejar como devia de ser. Depois de rastejar alguns quarteirões ele chegou na casa. Agora ele vai se conseguir levantar. Que nada! Caiu de novo! Resolveu que foi rastejando até na cama. Acordou na manhã seguinte com a mulher dando uma tremenda duma maka que até parecia a karateka, mulher de um amigo meu:
- Bonito, hein! Bebendo novamente na rua até tarde e até cair para o lado que esquecer porquê já esqueceste!
- Quem disse isso? - perguntou ele, com olhar inocente, que até parecia anjo de santinho, daqueles que davam na saída da missa.
- Veio aqui o Zé Ndalo e disse que você esqueceu a cadeira de rodas no boteco dele!
Prontos agora mandem vir mais porque acho que mereci mesmo as que ainda faltam beber.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca

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