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24 de outubro de 2004

"Fio": Um café na Esplanada

carranca
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Gelada, bem gelada 25-09-2004 11:25
Forum: Conversas de Café
Mermão, senta aqui e paga as que eu beber. Sim, tu te ofereceste para pagar, à frente do zulmarinho. Vais pagar que sei que vais.Tu pagas e ficas calado só a ouvir.Vês aí o zulmarinho como está clamo? Às vezes ele tem calema e leva tudo na frente dele que nem parece ele mesmo. E ele me contagia. Pois, mermão, quando tu abres a boca para dizeres coisas veladas, irritantes, mesmo com com monossilabos que parecem facas a cortar, eu lhe fico igual. Mas se veres com olhos de ver vais ver que não fico igual a ti. Sou mesmo igual a ele e vai de frente arrastando tudo. Sei que o zulmarinho não é de ferro como eu não sou de madeira nem de aço. Me achas ingénuo, se calhar sou porque ainda acredito nos Homens. Me achas ambicioso, se calhar sou porque quero evoluir sempre em todas as faces de mim. Me achas pretencioso, e se calhar sou, porque escrevo para alimentar o ego (*). Me achas desonesto, ai te digo que não, redondamente que não. Posso errar pelas três caracteríticas antes escritas. Mas desonesto não. Esse zulmarinho sabe do que falo.Fica sentado e paga outra e não abras a boca. Sim, porque não quero mais calema. Fica só a ouvir o som do zulmarinho. O ódio e a raiva são palavras que desconsigo saber o significado. Uso mesmo a palavra ignorado para não deixar chegar o calor da alma a esse estadio do amor. Fica calado para não desconversares das desconversas que és habil em utilizar.Vês, zulmarinho como esse camba afinal às vezes sabe ouvir?(*) inda hoje estou para saber porque as minhas conversas perto do zulmarinho criam tantas dúvidas e alguns ódios. Gosto apenas de escrever e gosto do retorno quando ele vem cheio de mimos. É crime?
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca

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