A Minha Sanzala

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13 de setembro de 2005

Usando as garrafas...fazendo novo Zulmarinho - VII


"Fio": Um café na Esplanada

carranca
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Usando as garrafas...VII Hoje, 19:13
Forum: Conversas de Café
Bebo mais uma taça de vinho, olho o zulmarinho como a querer surfar nas suas ondas, num querer arrumar do turbilhão de ideias, para poder continuar.
Penso que a tua vida não parou, que tiveste momentos altos e baixos, que tiveste lágrimas correndo-te pela cara, gargalhadas em festas aparentemente intermináveis, o sangue sempre te correu pelo corpo, uma vezes devorando-te, minando-te a capacidade de pensar, outras vezes enchendo-te de vida e fulgor. Viveste nunca pensando na minha existência.
Esta não é uma mensagem de amor, acredita!
É uma confissão de arrependimento!
Levaste-me ao paraíso e ao mesmo tempo ao mais profundo abismo do inferno, mas mesmo assim eu ainda sonho e desejo-te. Ardentemente! Agora, mais do que nunca.
A estória da mensagem, da garrafa atirada ao zulmarinho e a hipótese remota dela chegar a ti nada mais é do que uma lenda. As lendas são lindas, mas não passam disso mesmo, de lendas.
Tenho que escolher a garrafa onde colocarei esta mensagem escrita em papel amarelado, escrita numa caligrafia que não é a desenhada de outros tempos nem usando gatafunhos que presumivelmente se pareceriam com letras, palavras ou frases. Está simplesmente legível, nos tons claros e escuros da tinta permanente. Não há borrões nem salpicos. Antes de enrolar as folhas vou mesmo ter de escolher a garrafa. Esta escolha vai determinar a forma de colocar a mensagem, sendo, portanto, uma decisão importante.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca

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