"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Usando as garrafas...fazendo novo o Zulmarinho - XXI Hoje, 19:35
Forum: Conversas de Café
Olho-te nos olhos todos os dias, mesmo não vendo os teus olhos, mesmo não podendo sentir o teu perfume aqui a meu lado.
Continuo mantendo a esperança, mesmo quando digo que não me é importante, de que a mensagem escrita em papel amarelado e enviado numa garrafa cor de âmbar com destino incerto te chegue às mãos. Sei que o zulmarinho não me iria fazer a desfeita de não cumprir esta missão. Mas mesmo assim continuo a escrever-te, sem saber o que farei a este papel pardo onde caligrafo-me.
Todas as noites do ontem, definitivamente dormidas sobre lâminas, sacudiram as minhas emoções, tiraram-me do eixo em que seguia a rotação dos meus dias. Sempre que reencontro um velho amor eu penso em ti. Penso em como conversaríamos sobre determinadas situações, sobre assuntos aparentemente tabus, sobre tanta coisa ou sobre coisa nenhuma. Sinto uma vontade enorme de dizer-te coisas que eu nunca te disse. Tenho vontade de chorar como eu nunca chorei sobre ti, deixando cair as minhas lágrimas no teu corpo. Tenho vontade de te abraçar e permanecer abraçado até que nos separem, até que nos arrancassem do carinho.
Mas tento não perder o controle, parecer seguro, inteiro, sério para que tu entendas que eu preciso, nesse momento, de optar novamente, de rebobinar e voltar a dar. Ainda que não seja possível. Ainda que me digas tudo o que gostarias de me dizer e que eu não queira ouvir. Ainda que penses que as nossas vidas estão tão afastadas e eu já não saiba de onde sou, onde és tu, onde é apenas a história contada num compêndio não escrito ainda.
Guardo tudo o que vivemos até então, do carinho protagonista aos segredos que nos surpreenderam, das noites em claro conversando, das juras trocadas.
Continuo mantendo a esperança, mesmo quando digo que não me é importante, de que a mensagem escrita em papel amarelado e enviado numa garrafa cor de âmbar com destino incerto te chegue às mãos. Sei que o zulmarinho não me iria fazer a desfeita de não cumprir esta missão. Mas mesmo assim continuo a escrever-te, sem saber o que farei a este papel pardo onde caligrafo-me.
Todas as noites do ontem, definitivamente dormidas sobre lâminas, sacudiram as minhas emoções, tiraram-me do eixo em que seguia a rotação dos meus dias. Sempre que reencontro um velho amor eu penso em ti. Penso em como conversaríamos sobre determinadas situações, sobre assuntos aparentemente tabus, sobre tanta coisa ou sobre coisa nenhuma. Sinto uma vontade enorme de dizer-te coisas que eu nunca te disse. Tenho vontade de chorar como eu nunca chorei sobre ti, deixando cair as minhas lágrimas no teu corpo. Tenho vontade de te abraçar e permanecer abraçado até que nos separem, até que nos arrancassem do carinho.
Mas tento não perder o controle, parecer seguro, inteiro, sério para que tu entendas que eu preciso, nesse momento, de optar novamente, de rebobinar e voltar a dar. Ainda que não seja possível. Ainda que me digas tudo o que gostarias de me dizer e que eu não queira ouvir. Ainda que penses que as nossas vidas estão tão afastadas e eu já não saiba de onde sou, onde és tu, onde é apenas a história contada num compêndio não escrito ainda.
Guardo tudo o que vivemos até então, do carinho protagonista aos segredos que nos surpreenderam, das noites em claro conversando, das juras trocadas.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
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