Hoje me vergo ao cansaço. Pego na birra estupidamente gelada e me sento. Costas viradas para o mundo, olhar fixado mesmo na linha recta que é curva e deixa andar o volátil, que o físico esse mesmo é para estar aqui parado. Tas-me a ver a pensar? Então senta aqui e me conta uma estória. Se eu não te ouvir escusas de zangar. Eu te ouço voando nos meus pensamentos. Come o chuinga, bebe uma e outra geladinha, faz companhia mas, se eu me ausentar do meu corpo, escusas de ir atrás que eu te ouço na mesma, mesmo parecendo que não te estou a ligar nenhuma.
Hoje estou com a sensação de que cheguei tarde na estação e perdi o comboio. Hoje me deu a impressão que vi muita gente a correr para apanhar esse comboio e eu mantive o meu passo lento e parece que lhe perdi. Nem um bocado de fumo eu lhe vi na estação. Eu tenho a impressão que vi gente mesmo a correr na escada rolante para ainda correr com mais pressa e eu me deixei estar ali a ser levado na vagarosa velocidade dela. Assim, quando lhe cheguei na estação não havia comboio nem gente. Também não havia sinal que ele tinha passado. Estava só eu e o vazio. Nem rasto, nem fumo, nem cheiro de lenha queimada. O relógio da estação parecia que estava com a berrida toda, com os ponteiros dos minutos parece era o dos segundos. Tas a ver? Pois é! Eu hoje estou de costas viradas para o mundo.
Fico mesmo só a olhar para o zulmarinho que hoje está assim mais virado de verdemarinho. Vais ver ele ainda vai ficar parecido com o arco-íris. Deixa só, não te importes, não te rales, deixa o tempo correr que eu vou voltar no meu corpo depois de espaciar num voo planado nesse mar dos meus segredos.
Preocupado eu? Nem que penses nisso. Outro comboio vai chegar. Nem que seja um que vem atrasado. Mas um comboio eu lhe vou apanhar e lhe agarrar, mesmo que seja dia em que sem mala eu esteja na estação. Lhe apanho e depois logo lhe pergunto onde ele vai.
Hoje estou com a sensação de que cheguei tarde na estação e perdi o comboio. Hoje me deu a impressão que vi muita gente a correr para apanhar esse comboio e eu mantive o meu passo lento e parece que lhe perdi. Nem um bocado de fumo eu lhe vi na estação. Eu tenho a impressão que vi gente mesmo a correr na escada rolante para ainda correr com mais pressa e eu me deixei estar ali a ser levado na vagarosa velocidade dela. Assim, quando lhe cheguei na estação não havia comboio nem gente. Também não havia sinal que ele tinha passado. Estava só eu e o vazio. Nem rasto, nem fumo, nem cheiro de lenha queimada. O relógio da estação parecia que estava com a berrida toda, com os ponteiros dos minutos parece era o dos segundos. Tas a ver? Pois é! Eu hoje estou de costas viradas para o mundo.
Fico mesmo só a olhar para o zulmarinho que hoje está assim mais virado de verdemarinho. Vais ver ele ainda vai ficar parecido com o arco-íris. Deixa só, não te importes, não te rales, deixa o tempo correr que eu vou voltar no meu corpo depois de espaciar num voo planado nesse mar dos meus segredos.
Preocupado eu? Nem que penses nisso. Outro comboio vai chegar. Nem que seja um que vem atrasado. Mas um comboio eu lhe vou apanhar e lhe agarrar, mesmo que seja dia em que sem mala eu esteja na estação. Lhe apanho e depois logo lhe pergunto onde ele vai.
Sanzalando
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