Hoje te leio outro papelinho importante da minha pilha de papeis importantes.
AQUI HÁ... ...JORNAL
Aqui ao lado ficam os números, reais e implacáveis, sobre as variações do valor relativo do dinheiro.
Quem os sabe ler opina na sua consciência, na calada do seu íntimo.
A vida vai correndo, sem que a opinião conte, a explicação chegue.
Já dei por mim a censurar-me, justificando tal atitude com a necessidade de não ferir certas susceptibilidades, como se fossem as palavras as causadoras das coisas.
Estamos no período de graça do Governo, logo estamos à espera... ...de alguma coisa.
Enquanto isso, as notícias correm na rua, muito para além destas páginas, como se fugissem das limitações que o jornal lhes impõe.
Ninguém quer falar do incómodo com receio de perder o futuro que tarda. Desta forma, desapareceram das consciências as sombras do aumento da insegurança, da proliferação de negócio informal, da falta de meios e de estruturas, da ausência de planeamento e da carência de rigor, profissionalismo e ética.
Também pouco se fala da significativa diminuição da ocupação hospitalar com doentes de malária, notícia que deveria justificar festa, no mínimo. Mas depois como se compreenderia a manutenção de altos índices de absentismo, tanto nos organismos públicos como privados, faltas essas justificadas com a mesma malária que dizem em regressão. Das duas uma: ou a regressão não é real ou é fácil “comprar-se” um documento que ateste um paludismo oportuno, junto da entidade patronal. E assim nos vamos enganando a nós próprios.
Um amigo costuma dizer que tudo o que o dinheiro compra é baratoMC
Sanzalando
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