A Minha Sanzala

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3 de junho de 2006

Reolha para ti e vê longe

Hoje, mermão, não vamos parar sentados a olhar esse zulmarinho que em cada onda que se espraia em nossa volta está a parecer que nos está a chamar. Hoje vamos caminhar num vai e vem, assim numa ginástica de saúde física mas também de paz interior. Perdes a noção exacta do tempo que aqui estás, viajas sem necessidade de saíres daqui. Anda, anda mesmo comigo. Não penses eu estou cacimbado, eu me evaporei nos éteres da vida, arco-íris de sonhos. Estou são e tu também podes chegar a este degrau. Sabes, que me conheces de faz tempo, que eu só acredito no que vejo e que o mundo existe porque existem os homens. Mas, fica a saber que aqui, eu sou outro, eu vejo Arquitectos capazes de moldar a natureza na forma de que os teus olhos se encantam, a tua vida se embeleza e a tua alma se eleva na potência impossível de sabes qual é. Anda, vamos caminhar. Deixa transparecer a tua felicidade infantil, mostra-a no teu rosto, mostra no teu corpo em forma descurvado dos tempos vividos e sofridos. Faz como que um novo acordar. Um renascimento de ti.Sente esta brisa a te acariciar e vais ver são miles beijos que te dão. As formas dos teus pés moldados nessa areia molhada pelos braços espraiados do zulmarinho, são os pedaços dos teus desejos marcados na terra, esse planeta que te gravita a ele.Olha para lá da linha recta que é curva e sentes o prazer de estar lá, orgasmo de ilusão e prazer. Mermão, liberta-te da encruzilhada e traça um rumo de magia, um navegar lento sobre a brisa até lá.Bebe mais uma e outra e me acompanha nesta caminhada de sonho e ilusão. Não me consegues acompanhar? Vais ver ainda te falta libertares das prisões que te prendem no cinzento dessa vida do meio.Sente o perfume. Sente as gotas que mais não são que as lágrimas que querias ter chorado mas desconsegues porque pensas que homem não chora. Olha no espelho da tua vida e vês o tempo que passou, não é tempo passado mas aula de futuro. Não tenhas medo do desequilíbrio perigoso que esse já tiveste faz tempo que até já nem lembras mais qual era.Reolha para ti e vê lá longe. Morena, grande, perfumada, quente, húmida por vezes seca, vermelha, outras vezes branca outras ainda mais negra que o negro carvão, verde, outras castanhas. Lisa, outras vezes enrugada nas suas escarpas. As muitas cores que ela toma, as muitas formas em que ela se transforma.
Sanzalando
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