A Minha Sanzala

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20 de junho de 2007

o vento de mar

Anda, vamos dar de caminho, deixar os meus pés marcados nesta areia de mil cores até que uma onda assim mais rebelde lhes venha apagar.
Vamos caminhar neste final de zulmarinho sem rumo. Encadernando as palavras que eu te digo e tu me acompanhas neste caminhar de solidão. Caminhamos aproveitando ventos e marés, por portos de águas mansas e transparentes.
Agora estou aqui atracado sem poder, ou querer, sair. Tens de ser tu a ajudar-me a encontrar o caminho de volta que ainda tenho a certeza de querer conhecer. Ainda quero sentir o perfume, ainda quero ver os lugares, ainda quero viver a vida.
Vê se ouves algum recado que chega de desde o lado de lá da linha recta que é curva, se encontras algum sinal nas nuvens.
Vamos dando passos nas palavras como quem monta um caminho.
O vento me sussurra que talvez devesse aproveitar a corrente que nos é favorável para nos encontrarmos e saber alguma coisa mais de nós. Consegues ouvi-lo? Talvez devêssemos caminhar mais juntos, eu sem sombra e tu sem corpo, numa repartição de tarefas, de silêncios e de palavras, de lágrimas e de sorrisos, de euforia e angústia.
Vamos aproveitar o vento que está a trazer o sabor a mar.

Sanzalando

2 comentários:

  1. Nunca o vejo só. Todos os que aqui passam acompanham os seus passos incomparáveis. Têm uma finalidade pura, sincera, verdadeira.
    Pode ter a certeza que tem inúmeros Seres, Seres daqueles autênticos, atentos ao que expressa na direcção, no percurso, que enceta com encanto no desejo, no sentimento, no amar.
    Diz tantas palavras bonitas sentidas. Tantas! São palavras sem fim porque desencadeiam outras e, essas, outras e, outras. Em sintonia, todas. Pode estar convicto que todos o ouvem porque é um sonho harmonioso. Exacto. Perfeito.
    O mar de que fala, o mar que percorre, é intrasmíssivel. É o proprietário, é o seu dono, é seu. Merece-o! Acredite! Totalmente!

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  2. Com estima.
    Um abraço.
    Pena (terminando o comentário do puxa saco)

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