Olho desde aqui para o zulmarinho que parece vai dormir, tão calmo e sereno. Espero ele sonhe comigo, espero ele me embale numa serenata de tranquilidade durante as minhas horas de pausa.
É, sabem eu preciso descansar, repousar ideias, acalmar sonhos e adormecer desejos? Imaginam-me imortal desumanamente?
Aqui, na minha mortalidade, olhando o zulmarinho vejo que a saudade tem duas caras. Olhem bem para ela. Reparem que ela mostra solidão e tristeza, assim como que misturada pela luz da memória e ganha um contorno de felicidade.
Já estou a ouvir me chamarem de louco, já ouvi a gargalhada de desprezo, de faz pouco. Já estou a ouvir que eu quero parecer romântico e por isso falo de solidão e felicidade numa mistura a perder de vista. Já vi que não posso ser um qualquer eu que às vezes pensa.
Pois é, alguém me diz agora ao ouvido que o amor é uma saudade constante. Só pode ser sereia porque olhando para todo o lado só me vejo e ao zulmarinho que um dia nadarei sem lhe tocar.
Sanzalando
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