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22 de julho de 2013

banho-maria

Joguei-me de corpo e alma para dentro do zulmatinho, sem tempo nem para me arrepiar nem arrepiar caminho na desistência de sentir o osso estalar duma vaga possibilidade dele estar gelado que arrefeceria até os ditos ossos ao ponto dos estalar. Mas literalmente, imaginariamente e desumanamente foi assim que hoje fiz. Nem esperei ambientar as partes pudendas e as costas. Foi pulo de estilo encorpado, chapado e sem estatelado.
Já depois do susto, que mais não foi que isso mesmo, decidi rever sonhos, desejos e ambições. A uns desejei suicidá-los, a outros estrangulá-los num assassínio premeditado e outros nem lhes passei cartão. 
Ficou só mesmo a certeza absoluta, analítica sintética e derivados do petróleo, que nesta pequena minha vida eu sei poucas coisas e tenho a certeza que sou orgulhoso, sentimental e profanamente nostálgico. Também sei, já não tão afirmativamente que sim, que sou verdadeiro e primordial no que amo, no que sofro sentimentos, no que acho indispensável para o meu acordar diário de sorriso aberto e franco.
Banhado em banho-maria ou demolhado que nem peixe seco, começo a ter ideias que consigo vencer barreiras, que ultrapasso todos os desafios e que só consigo respirar porque senão vai-me faltar o ar. É esta a minha realidade numa autobiografia imaginada e realizada por gajo que passou por mim num ápice de tempo antes de eu sair de dentro do zulmarinh.
Marca dia 3

Sanzalando

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