recomeça o futuro sem esquecer o passado

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30 de julho de 2013

amanhã logo se vê

Podia ser madrugada, podia ser aqui ou ali, mas a esta hora estou só mesmo a ver o zulmarinho. Já não tem cinzentomarinho nem cacimbo a lhe esconder. Tiremos a brisa que é mais vento e até está-se bem. Os sonhos e os pensamentos fluem como se um rio quisesse desaguar nesse apetitoso zulmarinho. Mas lhes seguro e os saboreio com cores garridas e gargalhadas de emoldurar.
Mas tem qualquer coisa na minha língua em que as palavras parece escorregam, saem aos soluços parece gaguejo e só não tropeço nelas porque estou aqui parado a ver o zulmarinho. Já sei, deve ser por tentar ser perfeito, porque acho mereço ser, e só encontrar defeito nos sonhos e nos pensamentos que saboreio.
Mudemos de olhar, olhemos de outro ângulo, virando a cabeça em círculo não sei qual vai mesmo ser o ângulo.
Olho daqui o zulmarinho e pareço uma criança à procura de alguém para ser amigo, olhando para lá da linha recta, penso que é preciso ter amigos para viver, cair e nos segurarem, nos ensinarem a levantar e seguir em frente. Amanhã me reinvento noutro lugar ou aqui mesmo a olhar o zulmarinho.

Sanzalando

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