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23 de julho de 2013

de lés a lés

Calcorreio o zulmarinho de lés a lés. Seja lá o que é que isso é. 
De verdade não me apetece estar ali estendido na areia parece é lagarto a aquecer o ser sangue frio. Eu tenho sangue frio quando é preciso ter e sangue a ferver quando tem de ser, acho eu que não sou de pau e tenho também os meus azeites.
Mas estava eu a dizer que lhe calcorreio de lés a lés e me saltou um pensamento que até me arrepiou num faz de conta para dar ênfase à situação. É que eu me perguntei se é pecado sonhar mesmo quando a gente está por aqui a andar. E ouvi uma voz, que não era a minha e até era desconhecida dos meus insensíveis ouvidos musicais, não! Não e não. Então se não é, continuei a perguntar-me porque é que o deus, ou lá quem seja, os destrói assim num ápice, num que nem quero saber peremptório e promontóricamente todos os sonhos que eu sonho? 
E lá estava a voz desconhecida dos meus timpanícamente surdos musicais ouvidos a dizer que nós é que procuramos ou não a concretização.
Agora é que eu fiquei mais que arrepiado. Nunca me aconteceu nenhuma aparição nem nunca tive assim sobrenaturais sonhos, nem a dormir quanto mais acordado enquanto calcorreio o zulmarinho de lés a lés. Olhei em volta e lá estavam duas sereias de avançada idade a conversar sobre os netinhos que brincavam à beira zulmarinho e eu estava a confundir conversas.
Marca dia 3

Sanzalando

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