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8 de julho de 2013

trocas de verão

Sopra calor que nem vento cheio de luz e olho o zulmarinho limpo e de águas calmamente claras e bonitas. Tivesse eu trazido uma toalha, uma cesta de vime, umas formigas e aqui fazia um piquenique enquanto meditava do que poderia encontrar para lá da linha recta que é curva e que só consigo imaginar de memórias. 
Não, não atiraria papeis para o lado, nem garrafas de plástico nem de vidro, nem tampas e nem tanpinhas, nem chuinga e nem cascas de ginguba. Não deixaria a minha memória sujar-se de coisas banais. Só queria ver o que existe depois da linha, para além da minha imaginação.
Sabor a maresia, perfume salgado aqui estou a contemplar-te sem uma cesta de vime nem uma toalha aos quadrados.
Masco chiunga, depois de ter descascado e comido umas gingubas, bebido uma birra estupidamente imaginária, continuo a ter a memória soprada pelo calor e a clareza dum sonho.


Sanzalando

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