Olho o zulmarinho e parece me convida a lhe mergulhar de cabeça e se calhar até de olhos fechados. É mesmo só confiança que lhe está a abusar de mim. Ele ainda pensa é dono de mim, mas um dia ele vai ter um desânimo, vai ficar assim cabeça em água que nem o corpo dele mesmo, ou então vira mesmo um seco e árido deserto de esperança em me apanhar.
Lhe resisto hoje. Não lhe entro pelas ondas acima. Não lhe abano os braços em direcção a sul. Hoje não lhe dou confiança, lhe dou só e apenas o meu olhar desde longe. Ele vai-se irritar e eu vou estar aqui a lhe instigar em palavras pensadas e retidas.
Olho desde aqui e não lhe respondo nem com um piscar de olhos até ele sentir saudade.
Sanzalando
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