18 de abril de 2020

andei por aí.

Por onde andam as minhas recordações? Onde foi que me esqueci de ir? Acho vou sondar os hexagnos da marginal e ver pesco um peixe com a minha imaginação. O mar está calmo que não me vai galgar e me molhar. Vou só ficar o olhar o redondo da baía e meditar sobre a cidade que está nas minhas costas. Atrás da falésia tem uma cidade. Me deixa só ficar aqui a lhe sonhar. Silêncio marulhar que eu me quero concentrar. As minhas kiandas estão a repousar nos seus leitos domésticos enquanto eu estou aqui madrugadamente a pescar sonhos e recordações. Deixa-as dormir porque acordadas me fazem sentir apaixonado e isso me dá tristeza. Elas nunca sanem que eu existo. Essas kiandas de agora não são mais a kiandas do antigamente. São sabidas. Oh! Todas as kiandas sabem muito. Até as do tempo da minha mãe. Maré está cheia. Vais ver é da água que lhe estou a meter.
Mas onde é que andam as minhas memórias?
Perdi numa sebenta de capa vermelha que deixei aí para tu guardares.
Mas porque é que tenho saudades?
Porque a saudade é sentimento.


Sanzalando

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