Medito sentado no meu trono mental. Emano luz de alegria, fosse eu um pirilampo de felicidade. É, tem dias que acordo mais assim do que outras. Mas estava eu a meditar pensando que era a ultima vez. Não iria fazer mais. É que dói tanto meditar sobre tudo e concluir um quase nada. Medito pensando mil vezes, sentindo o brilho nos olhos, a pulsação cardíaca, a dureza das palavras secas apertadas numa boca silenciosa. Mas não foi a última vez porque mais vezes virão outras meditações assim. É o ciclo da vida, é a roda dos sonhos, os pesadelos, a entrega, o dar.
Medito sorrindo lágrimas de prisioneiro regressado ao mundo real, riso alegre de confinamento social, abraço virtual e beijo digital. Falta-me mudar comportamentos porque já me conheço melhor, já não me perco nos meus labirintos nem me canso nas minhas armadilhas mentais.
É a última vez que regresso a mim? volto sempre para mim, assim seja por muito tempo.
Sanzalando
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