Deixo o sol entrar pela minha janela. Imagino-me lá longe, onde não estou e onde me sinto. Estou aí, embora fisicamente me encontre num aqui, algures entre o estar e o divagar-me. Imagino-me arrancando folhas de calendário e ponteiros ao relógio para que o tempo seja uma inexistência. Eu e apenas a minha memória. Como se tudo fosse presente, como se tudo fosse um final feliz. Passado, presente e futuro num eu aqui que é longe. Penso como seria bom arrancar de mim tudo o que eu não gostei, tudo o que me foi amargo, tudo o que chorei.
Não seria a mesma coisa. Eu tenho de ser assim porque assim sou eu.
Sanzalando
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