Não sei o dia da semana. Sei que são cinco de uma tarde. Não chove, não faz sol, parece é outono lá dum norte desde aqui. Faz tempo de não sei quando que não vou lá. Me sinto livre de pensar no que lá está, como é que está lá, como é que é. O pensamento é-me livre. As palmeiras que tinham 2 metros devem ter agora alguns 10, eram direitinhas e agora devem estar tortas como as palmeiras que apanham vento. Sou livre só de imaginar como é que elas devem estar. A relva do parque infantil que não se podia nem pisar deve estar verde e linda porque imagino a tratam bem. Os carros circulam suavemente e sem engarrafamentos, porque a minha imaginação não a vê com confusão dos tempos modernos. A linha do horizonte deve unir o Saco e a Ponta do Noronha. As pessoas falam em surdina porque não é necessário gritar como fazem nas grandes cidades para se ouvirem.
A minha imaginação não me leva para nenhum abismo, apenasmente me leva ao lugar onde fui sempre feliz, mesmo quando imaginava que não.
Sanzalando
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