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14 de novembro de 2021

introspectivamente

Pelas ruas da minha cidade interior, dentro de mim, passeio como um caminhante errante do mundo. Gosto de ter momentos de solidão interior, de estar num monólogo interno, num aumento da intimidade interna, numa forma de conectar todos os meus pontos, ao ponto de dizer que o amor não é isso que tantos cantam, mas é o que poucos usam. O amor é para ser usado, até na forma mais interna da nós, na forma mais sentimental da nossa solidão, no nosso ponto de conquista interior. 
Se me gosto mais facilmente hão-de gostar de mim.
Nas minhas ruas internas, avenidas e passeios, eu encontro tanto deste mundo que sobra para dar ao mundo exterior. Estas ruas são iluminadas por livros que li, obras que vi, estórias que ouvi e tanto que me ensinaram, muitos sem saber que o faziam. São ruas cheias de luz, brilhantes, cintilantes, em festa permanente porque me alegram cada segundo de mim.
Nestas ruas quando lhes bate o sol ou a saudade eu os agarro e guardo.

Sanzalando

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