Tás a escrever mais para quê?
Então não estás a ver que estou só a procurar carinho para continuar o caminho da minha juventude, assim num estrilo ao contrário? Dás de conta que se eu me falo do passado é porque lhe gostei e não lhe quero nem esconder ou esquecer? Se vou na praça dos taxis não é porque tenho saudades do Sr. Teles ou de ir na sua Farmácia, ou de andar de carro de praça, é mesmo só porque eu gostava de estar parado na bomba da Fina a olhar as pessoas que passavam e diziam bom dia miúdo e eu educadinho lhes agradecia. Se vou no Horto não é porque eu gosto de flores a esse ponto, é mesmo porque a beleza do lugar me levou lá, antes de ir no Mucaba cumprimentar os amigos e amigas que tenho espalhado por uns aí da minha pequena cidade que se esconde na areia e entra no mar.
Eu me cuidei, eu olhei bem, eu decorei pormenores, eu me recordo de nomes só para poder dizer assim num dia como o que é hoje eu sou o que me deixaram ser desde esses tempos mais profundos até num agora que me sento a palavrear estas recordações nostálgicas que até parecem o filme da minha vida passado a cores
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