Poderia contar aqui a estória dos Três Reis Magros, que após atravessar o deserto ainda estavam pior, seguiam duma estrela decadente porque decaía no céu o que dá ideia que só viajavam de noite, ainda não tinham inventado as estrelas de Hollywood nem os calendários da Pirelli, e que chegados ao destino, um lindo e pobre presépio, foram apresentados sem pombas e nem circunstâncias.
Um, por ser muito feio e rangia tudo ao andar, se diz chamar Belo Chior, outro porque se arrastava por causa do reumático lhe chamaram o Raspar e ainda um outro que tinha cara de mau e não tinha sorte nenhuma, por isso, era conhecido por Malta Azar. Lá chegados encontraram um burro, um boi e talvez mais animais a protestar porque a sua, deles, mangedora, estava ocupada por uma criança que dormia na tenra palha que lhes haviam deixado.
O resto da estória está contada em muitos livros e qualquer semelhança desta com as estórias que por aí circulam deve ser mero copianço ou prenda de Natal não embrulhada em palavras coloridas e enfeitadas com luzes de muitas cores e picantes ou piscantes conforme a dislexia de quem vos conta esta coisa só porque foi possuído pelo tal de espírito de Natal.
Sanzalando
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