Nestes caminhos de vai e vem sem saber onde e como parar dou comigo a conversar a sós. Se alguém me olha acho vai achar eu doidei, mas na verdade é só porque eu arranjei forma de destruir barreiras sem desvendar os meus segredos, sem divulgar os meus medos e sem sentir vontade de me atirar dos altos penedos da idade passada.
Eu tenho cicatrizes e nelas desenhei poemas, criei obras de arte, mosaicos, aguarelas, esculpi kiandas e alcancei com isso um ponto de liberdade que me permite sorrir quando outros queriam que eu chorasse. Na verdade alcancei o ponto que me deixa intacto de desilusões e frustações.
De um ser frágil, naif, tornei-me numa tarde tranquila de verão, um postal estrelado duma noite de luar. Desenho-me das múltiplas formas que tenho de ser feliz
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