Ponho-me a caminho dos caminhos das ideias e dou comigo a pensar que o amor é como a espuma do mar que surge do ondular e tem uma durabilidade demasiado delicada. São pequenas bolhas de ar que se juntam e se desfazem num momento incerto. Se tivesse o ouvido apurado, afinado para ouvir os intermináveis pufs, ouviria uma sinfonia desequilibrada e incessante de sons surdos, do desfazer da espuma, do desfazer de amores eternos que duram o tempo máximo de um mínimo indefinido.
A espuma do mar, o amor, pequenas bolhas de ar que se desfazem porque sim, em contacto com areia, com o próprio mar e desconseguem deixar marcas para qualquer eternidade para além do instante.
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