Me movo de norte a sul, na força de ter esperança, na dor de uma alma ferida, no banho duma saudade que me abraça na noite escura duma insónia.
Me movo com os olhos acompanhando a lua cheia ao som de uma melodia que invento no meu silêncio.
Me movo num copo de vinho que me aquece o espírito solitário ao som dos meus passos lentos e imprecisos enquanto revejo cada fotograma da minha vida.
Me movo a cada passo de amargura que prevejo um dia possa chegar e causar dor no meu peito.
Me movo na minha ausência através de muros que mentalmente construí e barrei-me numa clausura de solidão.
Me movo em cada quadro pintado num desejo de ser artista imaginado de mim.
Me movo eternamente enquanto alguém se lembrar de mim.
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