Vou caminhando ao mesmo tempo que vou recolhendo os pequenos fragmentos que vou deixando pelo caminho. Vai ficando o que já fui, o que deixaram marcado na minha vida, o que vi e deixei ficar, o que devia ter feito e não fiz, o que fiz e não deveria ter feito. A cada passo vou lembrando, dobrando-me, recolhendo, analisando e preenchendo os vazios deste puzzle que se chama presente e é composto de passados.
Outras vezes caminho em nada, o que resta de mim é uma sombra de solposto, um fim de dia acabado sabendo que outro há de começar.
De vez em quando sento-me a olhar, como se soubesse que futuro tenho. Suspiro com vontade de amanhã o agarrar e transformar em utilidade, salvando-me de algum estado vago de ser.
Caminho sempre sobre mim.
Sanzalando
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