Olho de longe o zulmarinho que ondula calmamente espraiando-se na areia da praia. Subjectivamente me parece gelado porque do lado de cá inverna que nem no inverno que estamos. Acalmo a mente e deixo que o espírito a acompanhe. Hoje fui na Rádio falar dos delírios sobre as ondas, amanhã estarei no Mar de Letras duma televisão, a minha rotina se alterou porque cada silaba que eu pensava escrevia e desses escritos nasceram livros, que no dia dos Namorados podem ser rosas, ontem na Rádio podiam ser ondas hertzianas, amanhã serão imagens animadas em falas imaginadas. Respiro fundo e mentalmente beijo na boca a doçura mental dum amor, de mãos dadas e dedos entrelaçados passeio pela marginal imaginada dos meus encantos e recantos. Não escondo defeitos nem ponho nome nas diferenças.
Sigo mentalmente por mar adentro como se fosse uma nau à descoberta de novos amores imperfeitos, desafios uniformemente acelerados, coeficiente de incertezas, para mais tarde me arrepender. O dia dos Namorados, o dia da Rádio e o da minha ida à televisão, são incoerências do meu passado travestido de letras, transformados em livro por um amor quase perfeito. Incrível o que se pode ler e descobrir nas entrelinhas dum livro apaixonado, na música de fundo da superficialidade da solidão.
Gosto de ti, pá!
Sanzalando
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