Toca um semba no rádio e eu olho o zulmarinho. Corre uma lágrima no olho parece eu tenho vontade de chorar. Mas não é de tristeza, não é de dor nem de mágoa, é mesmo só de lembrar nome a nome as pessoas que cresceram comigo, brincaram comigo, nos separámos nos caminhos e nos reencontrámos na amizade que dura sem letra ou carta ao portador.
O semba fala de desamor e eu lacrimejo porque lhe tenho de todas as formas que vão da amizade até na paixão, essa parte sofredora da gente que faz perder a capacidade de pensar e de logicamente dizer chega ou de dizer quero mais.
O semba das nossa almas, aquele que entranha faz de conta é nosso sangue, me faz mexer a bunda parece estou a dançar e o ráio da lágrima continua a marcar presença no canto do olho.
O Zulmarinho parece é chão, faz conta é ladrilho porque tem partes brilha, até parece é eu em dia de sol, e o semba continua no seu desamor de ir mais além enquanto eu fico aqui a me recordar dos tantos beijos que não dei.
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