Me perco a olhar o zulmarinho e navego por pensamentos e mares infindáveis. Se às vezes não tenho tempo é porque eu faço assim num propósito de estar ocupado. Outras vezes, derrotado pelo pensamento ou absurdas ideias ganho tempo de nada fazer. Às vezes fraquejo e me apetece sair correndo atrás dum ontem qualquer. Hoje, forte, sento-me a navegar sobre tudo e sobre nada, e me lembro dos meus brinquedos favoritos e de tudo o que eles representam no hoje de agora. Não consigo dizer adeus à minha camioneta de plástico cor de laranja que tinha um guincho e que me levava horas infinitas de construção virtual no quintal da casa da avó. Não consigo esquecer os Dinky Toys que me levavam a semanada mas que serviam para eu ter os meus sonhos de grandeza.
Não, não tive abismos, mesmo quando a terra se me fugia dos pés. Eu tinha confiança e aconchegava-me nas coisas simples. São estes os meus mares e as minhas marés.
Sanzalando
Sem comentários:
Enviar um comentário