Me olho no horizonte como quem tirar uma selfie. A minha cara virou de paisagem, sorrindo, colorida e simpática. Não deixo transparecer a ansiedade que me envolve porque quero tanto ser eu que às vezes me esqueço de mim e isso deixa marca no pensamento, assim como uma cicatriz que não desaparece. Me esqueço que para ser eu, eu tenho de me cuidar, senão passarei a ser uma memória do eu que fui. Eu sei que somos notas soltas dum universo que se move no caos da improvisação, que cada instante é uma incógnita, que cada momento é único. Mas a perfeição é inatingível e eu só me posso aproximar, mesmo assim com muitas feridas e arranhões pelo caminho. Eu sou o mais perfeito que posso.
Será que penso em mim quando estou a sorrir?
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