Deixa só respirar esta maresia que vem desde lá do meu sul e chega aqui branda e tão suave que até tenho de fazer um esforço de memória para ver que é de lá mesmo.
Daqui não vejo nenhum balão no ar nem olhos estranhos a me mirar ou espiolhar o que estou a fazer. Pensamento não tem transmissão eletrica detectável por aparelhos estranhos, não é pré-concebido por inteligências artificiais nem precisa de corantes nem carece de conservantes. Olho para o infinitamente longe, sinto o baque da saudade e um arrepio arrependido de não me fazer à estrada e lá chegar com a propulsão electrica não poluente nem barulhante.
Aqui, nas paz dos espíritos, ao som dos imagináveis barulhos africanos, perfumes de mar e brisas salgadas, me escondo das tropelias dos humanos que se desumanizam a cada acto consciente e deliberado.
Aqui, navego por memórias e sonhos realizaveis no meu futuro mais próximo
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