Olho lá longe como quem procura um rumo. Desconheço o destino onde quero chegar. Esqueci a hora que gostava de partir. Mas eu quero me mover? O zulmarinho bate calmo na falésia parece está a fazer a sua sesta, e eu aqui preocupado em seguir um rumo ainda sem ponto final marcado? Eu sei que a única coisa que tenho é a palavra, o poder da palavra escrita ou dada. Palavra dada é palavra honrada, diz o povo do alto da sua popular sabedoria. Quem entende o poder, o peso da palavra, sabe que um rumo não se traça assim de régua e esquadro, bússola ou astrolábio, mas com pensamento e acordo mental.
É, daqui de cima, o rumo das palavras se afunda nos pensamentos que não rabisco para mais tarde me lembrar.
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