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16 de outubro de 2023

quantas

Quantas vezes nesta caminhada por mim adentro me dou de cansado, sabendo que ninguém vai dar por nada e nada me perguntará? Se paro para beber uma gelada birra me hão de nomes chamar, porém ninguém indagará o que leva a descansar relaxadamente naquele exacto momento. Não, não carrego os males do mundo à minhas costas, nem tenho presunção para tal. Os meus males, tantas vezes mentais e raramente físicos, chegam-me. Tentar mudar uma pessoa que seja, tentar convencer uma única pessoa, é inglória tarefa nos dias de hoje, onde tantos especialistas em tanta matéria se contradiz a cada frase proferida que o melhor é olhar com os ouvidos quase encerrados para balançar uma música ou ouvir um livro dos tantos que há para ler.
Quantas vezes pensei desistir por puro egoísmo de pensar e aconselhar sem nada esperar na troca? Mudar nunca, porém aconselhar desinteressadamente e sabendo que pode nada valer as frases pensada na experiência da vida. Mas é intrínseco e nada me faz ser diferente. Escrevo, falo, quase sempre pelo lado positivo que os meus olhos vêm, que a minha experiência me ensinou. e deixo-me levar na conversa cansando-me porém já sem ilusões nem outras decisões. 
Quantas vezes sigo caminho por mim adentro com vontade enorme de ficar sentado a um canto escuro absorvendo a vida vivida num sonho que não posso esquecer porque foi a minha realidade num dado momento?
Quantas vezes me apetece chorar amores antigos e recordar felicidades passadas e deixa-me ficar num descanso aparente?
Quase nunca, diria eu do alto do meu umbigo.


Sanzalando

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