Se vagabundo-me é porque sou um solitário perdido no tempo com tempo para girar pensamentos e fazes de conta sem fim. Desde o mais profundo pensamento até à parestesia dos membros cansados, imundo a alma num quase afogar de responsabilidades escritas ou simplesmente faladas em voz surdina para não me julgarem louco.
Às vezes paro numa esplanada, bebo uma cerveja estupidamente gelada e outras caminho sem destino ou rota prévia. Os pensamentos é que me motivam, são o meu combustível, o meu preencher de coisas mentais. Podia escrever uma estória, mas ainda não me apetece. Prefiro pensar sem responsabilidade de ter um princípio e um fim, só vagabundar por frases soltas e afectos por vezes não correspondidos e outros mimos mais que merecidos. Não são traumas infantis que quero exorcizar, nem adultas incertezas que quero afogar. Não são coincidências da vida ou com ela parecidas, são só palavras soltas num passo por aí se calhar noutro lugar também.
É esta a minha forma de amar, de andar, de vagabundar e fazer-me em frente.
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