Hoje quase preciso de fechar os olhos para ver o mar. Esse sol parece que chegou de lá aqui só mesmo para ficar de frente para mim e me impedir de olhar para longe, para além da linha do horizonte, que é uma curva que divide o visível do imaginário possível.
Me esforço e com as mão fazendo uma concha eu olho para lá e desconsigo ver para além do brilho reflectido no mar. Minha memória fotografou a imagem e, já sentado, me deixo embalar em mais um sonho que um dia vai ser realidade.
Estou em tronco nu. Me imagino ao teu lado. O marulhar é o mesmo que o marulhar do teu mar. O perfume de maresia é o mesmo que o teu perfume. O calor faz de conta é o mesmo, mesmo que eu esteja aqui num parece que tenho pele de galinha depois de depenada. Mas aqui eu eu estou aí e mais não quero nem saber. Me deixo só embalar em mais um sonho que faz de conta é um sonho de amor eterno que demora uma eternidade até começar.
Sai da frente ò nuvem que assim ainda vou conseguir abrir os olhos e depois já não vai ter o mesmo sabor este sonho.
Sanzalando
Brilhante!
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