
Me deito aqui, deixo o tempo passar por entre os dedos, sem medos que um dia eu vá dele precisar.Vivi-o mesmo que tenha sido num tempo imaginário duma realidade que não teve lugar. São sonhos, são memórias, são imagens. Já fazem parte de mim, mesmo que eu as perca no esgotado tempo que um dia vou ter. Heranças que herdarão aqueles que estiveram comigo quando eu estava mergulhado num banho de solidão.
Aqui deitado, vendo chover sobre o mar, vivo as memórias que sonho, que são reais, que imagino e as que invento. São essas que me fazem companhia, me acariciam e me embalam no cair da noite alta quando tapado com os lençóis da nostalgia.
Me deito aqui a ver o mar ser molhado pela chuva e o meu rosto pela escuridão.
Sanzalando
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