
Por aqui, olho para lá, do outro lado do horizonte, onde a minha vista não consegue quase imaginar onde fica e onde a memória se vai apagando num suave esbater de tempo, eu já não consigo lembrar-me as tantas palavras que escrevi no pensamento para lhe dizer.
Por aqui, olhando para lá, procuro as minhas profundezas, importantes e vitais, essas que poderiam levar a um desenvolvimento do meu estado de espírito até atingir o clímax, se evaporam em nadas, em voz branca desbotada, em eco surdo sem memória.
Por aqui, olhando para lá, choro uma ou outra lágrima sem que ninguém veja e espero sempre que num amanhã eu consiga ver o mar ser o meu caminho. Não é uma viagem para fugir da vida, não é o transportar o meu corpo para outro lugar. É a mudança mesmo! É voltar a encontrar-me à minha maneira.
Por aqui olho para lá.
Sanzalando
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