Vamos hoje ficar aqui sentados, saboreando o sol que nos bronzeia nesta quase sua hora de deitar, olhando a linha recta como quem quer ver mais longe que aquela linha recta que é curva e que parece ser a fronteira do mundo mas tem mais mundo para lá dela, ouvindo o marulhar desse zulmarinho nos segredar os seus chamamentos como quem ouve uma canção de amor.
E eu te falo numa voz surda como a te fazer recordar sonhos para fazer esquecer o futuro.
Falando nesse de futuro me lembrei que mais altura menos ano a gente chega a um ponto que muitos chamam idade senil, outros dizem-nos anciões, outros nos vão chamar de velhos, outros vão dizer é a segunda infância, outros ainda mais lhe vão chamar de terceira idade. Tantos nomes para esconder uma grande quantidade de prejuízos. São malabarismos da fala para não nos lembrar a verdade, a passagem do tempo, a saudade doutras eras, o final de um contrato honrado e penoso de apagar, os sonhos proibidos de ser jovem.
Nessa idade a alma ri de divertimento num sorriso de amor em que o corpo já não acompanha, e na calada da noite vez chegar a pena de morte iminente como a recordar-te que estás a chegar ao fim. Passas a noite e depois voltas a amar a vida seguindo o seu envelhecimento diário, lutando com amor pela vida que te dá dores.
Olha, assim num repente acabei de ficar triste por ver que a chama se pode apagar assim num apagão em que nem tens tempo de ver a luz que te bronzeia a se deitar para lá da imaginação, os sorrisos que te sorriem, os mimos que te mimam.
Deixa mesmo é chegar a essa idade que tem esses nomes todos e depois logo se vê.
E eu te falo numa voz surda como a te fazer recordar sonhos para fazer esquecer o futuro.
Falando nesse de futuro me lembrei que mais altura menos ano a gente chega a um ponto que muitos chamam idade senil, outros dizem-nos anciões, outros nos vão chamar de velhos, outros vão dizer é a segunda infância, outros ainda mais lhe vão chamar de terceira idade. Tantos nomes para esconder uma grande quantidade de prejuízos. São malabarismos da fala para não nos lembrar a verdade, a passagem do tempo, a saudade doutras eras, o final de um contrato honrado e penoso de apagar, os sonhos proibidos de ser jovem.
Nessa idade a alma ri de divertimento num sorriso de amor em que o corpo já não acompanha, e na calada da noite vez chegar a pena de morte iminente como a recordar-te que estás a chegar ao fim. Passas a noite e depois voltas a amar a vida seguindo o seu envelhecimento diário, lutando com amor pela vida que te dá dores.
Olha, assim num repente acabei de ficar triste por ver que a chama se pode apagar assim num apagão em que nem tens tempo de ver a luz que te bronzeia a se deitar para lá da imaginação, os sorrisos que te sorriem, os mimos que te mimam.
Deixa mesmo é chegar a essa idade que tem esses nomes todos e depois logo se vê.
Sanzalando
Velhote, Kota, também são nomes usados, mas não são "para esconder uma grande quantidade de prejuízos", mas sim sabedoria!
ResponderEliminarUm beijo de mil cores, da menos kota,
Anel
Excelente...
ResponderEliminarjhs
Uaaauuuuu!!!!
ResponderEliminar"(...)nem tens tempo de ver a luz que te bronzeia a se deitar para lá da imaginação(...)"
Quem escreve assim possui o segredo da eterna juventude.
Gostei!
SJB
Lutamos com amor pela vida que nos dá dores. É verdade! Quanta ingratidão dessa dona chamada vida.
ResponderEliminarA vida é o que é, insensível aos os nossos sentimentos e nós somos carentes dela e teimosos por amá-la tanto.
Ela continuará depois de nós e não parece preocupada como nós estamos.
Amanhã o sol irá nascer e depois morrer e assim será para sempre "enquanto dure" e muitos não verão mas "ela" continua indiferente e feliz da vida.
Quando for dormir direi à ela que ela não é tudo na minha vida.
(minha pequena vingança) hehe!
Escreve com uma delícia de encanto.
ResponderEliminarQuem escreve assim, merece sonhar sonhos eternos, pensar pensamentos bons, explodir com o que nem sei quantos nomes de velhice e, encarnar, transformar a vida, numa sensação única de deslumbramento jovem, lúcido, sempre bem lúcido e de magia sublime por existir.
Admirável. Notável.
E, a certeza plena, de perpetuação de uma vida feita sonho de criança pura
Adorei, pode crer!
Abraço.
pena
Você já pensou em publicar um livro? Ou será que já tem um?
ResponderEliminarViva Carlos:
ResponderEliminarPois... é por isso que penso que se deve aproveitar enquanto se por cá anda.
A partilha descomplexada da amizade é um bom princípio.
Um abraço,