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10 de maio de 2007

Espero com amor sem desespero

Hoje me sento aqui a contemplar a quietude deste zulmarinho do meu contentamento. Trago-te nas palavras a poesia que gostavas que eu tivesse, que me esforço para tas dizer, como se te cantasse uma canção de embalar, uma carícia em forma de verbo.
Sei que me entendes como me entende a minha própria sombra. Se parei o tempo foi para dar-te tempo de te recompores para que o nosso tempo seja tempo de bom tempo.
Tu sabes, como sabe a minha própria sombra, que cada vez que dou de comer aos monstros da minha memória, a carne se desprende dos ossos e a face se ruboriza no movimento de te abraçar.
Quer o tempo pôr-te como a minha maçã proibida mas eu descanso os medos e a dor do silêncio nas palavras que te digo. Carinho. Amor. Saudade.
Eu sei que me escondo nas coincidências, procuro-te, umas vezes mais, outras aparentemente menos, mas eu sei que um dia te vou encontrar, tal e qual eu sempre te gostei.
Mas, se este final de zulmarinho, me dá a paz que necessito para te pensar, também me dá o tormento de te ver sempre no meu espaço virtual.
O que vale mesmo é que eu me abasteço de uma boa dose de espera sem desespero e me distraio a ouvir o marulhar como se estivesse a ver os teus olhos de morena tropical transformados em lábios que me falam segredos de amor.

Sanzalando

3 comentários:

  1. O encanto das palavras refere uma memória. Uma memória de carinho. Amor. Saudade.
    Como sinto que a vive e, viverá eternamente, na ânsia da saudade de um dia a encontrar. Não sei se sente dor, mas encantam as palavras, com um enorme e profundo sentir.
    A espera... A espera, de um dia a poder encontrar. Encontrar na originalidade genuína vivida.
    A espera...sem o desespero.
    Belas palavras. Deslumbrante sentir.
    Com estima.
    Abraço
    pena.

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  2. Pena tem razão...a espera sem desespero...andei xeretando suas fotos e o primeiro blog...eh eh eh

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