Estou no zulmarinho até dar.
O tempo não é de estar, mas teimosamente vou-me deixando ficar já que fiz dele o meu roteiro, o meu esboço de vida presente enquanto não passo a futuro e o deixo de passado.
Olho-lhe as ondas bravas e vejo a espuma como palavras soletradas num rosto de sobrancelhas carregadas de pingos de esperança a reclamar por mim num quase adeus deste estilo de vida. Olho-lhe num acordar cedo de pequeno almoço esquecido de tomar e com cara de preguiça reabro-lhe a cortina de neblina que se vai entrepondo entre nós num gesto bagunçado e barulhento de engrenagens cantadas em marulhares de despedida.
Estou no zulmarinho enquanto dá, num abraço apertado, meio sem jeito mas interminável de quase abacar e de rever todas as palavras que disse para começar tudo de novo numa esperança de quase futuro.
Sanzalando
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