Aproveito um fim de tarde, após umas entradas imperiosas zulmarinho dentro, para reflectir em mim todas as palavras que disse, as que apenas pensei e as que um dia queriam ver encadernadas numa estante.
Eu sou forte, pelo menos é o que me digo e penso, mesmo sabendo que há abismos entre ser, aparentar, fingir e o que eu realmente sou. Meu coração é um saco de remendos, uma manta retalhada, uma sarapilheira desfazendo-se no tempo. Na verdade até que é uma imagem bonita, reconheço. Repara só nos prespontos, na rústica tecelagem de fios, na ausência aparente de nós. Olha bem como chego a ser poéticamente patético. Olha a força das palavras como parecem recitadas por voz de rádio...
Aproveito e reflicto. Sou um conjunto de pedaços em fim de festa
Sanzalando
Sem comentários:
Enviar um comentário