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28 de agosto de 2013

quase em fim de festa

Aproveito um fim de tarde, após umas entradas imperiosas zulmarinho dentro, para reflectir em mim todas as palavras que disse, as que apenas pensei e as que um dia queriam ver encadernadas numa estante. 
Eu sou forte, pelo menos é o que me digo e penso, mesmo sabendo que há abismos entre ser, aparentar, fingir e o que eu realmente sou. Meu coração é um saco de remendos, uma manta retalhada, uma sarapilheira desfazendo-se no tempo. Na verdade até que é uma imagem bonita, reconheço. Repara só nos prespontos, na rústica tecelagem de fios, na ausência aparente de nós. Olha bem como chego a ser poéticamente patético. Olha a força das palavras como parecem recitadas por voz de rádio...
Aproveito e reflicto. Sou um conjunto de pedaços em fim de festa


Sanzalando

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