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20 de agosto de 2013

verdades ao deus dará

Me deito onde rebentam as ondas do zulmarinho. Faço de conta que tenho o coração despedaçado e o cérebro como um batido de frutas tropicais. Os meus sentimentos rebolam contra areia como se fosse um tubo ao deus dará. Já não sinto o estômago e o meu falso sorriso foi diluído na espuma assim como o meu ar de parvo faz transparecer uma felicidade eterna. 
Ninguém é obrigado a acreditar nas minhas mentiras nem a sustentá-las. Ninguém é obrigado a ouvir-me e os que me ouvem fazem-no por vontade própria quer tenham 20 ou 70 anos, enquanto eu rebolo no zulmarinho como se fosse um tubo ao deus dará. Eu sou o príncipe da minha estória que não precisa ter princesa, nem final feliz nem de ir às lágrimas.
Afinal de contas eu não sou o lado errado da estória. Gosto mesmo é de brincar no zulmarinho, com os meus defeitos, meu cabelo comprido de fazer rabo de cavalo, minha verborreia de silêncios e o meu ar de perfeição.
Eu gosto de ser assim e o resto é mais uma caminhada para ser livre


Sanzalando

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