Olha o zulmarinho parece é vidro azul clarinho transparente que nem a minha alma olhada através dos meus olhos.
O olhar é, me disseram, o espelho da alma e eu não sou de contrariar ninguém, nem mesmo quem me irrita nas mukandas clandestinas que vêm através das ondas silenciosas deste zulmarinho como se fossem ruídos oportunistas. Sou mau feitio mesmo de feitio físico, nascido e criado e com alma mais escura que a transparência desse vidro zulmarinado no tempero duma chama que lhe derrete para dar força depois.
Mas hoje relaxo os sonhos, os pensamentos e até as ideias. Primeiro porque dá calor e a transpiração dentro do zulmarinho pode dar uma química explosiva e rebentar com qualquer corrente alterna ou alternada de alta ou baixa voltagem num curto circuito de explosiva fúria. Segundo porque dá uma onda de calma espiritual que faz tempo acho mereço, mesmo depois de saltar e pular pelo quente escuro alcatrão que teima em ferver para eu não andar em contacto directo com este redondo mundo. Terceiro porque não me apetece dar música a ouvidos surdos de acústicas idosas.
Olha só a transparência vitral e me diz se vale a pena eu me irritar. Vou boiar faz de conta sou apenas e só leveza pura de mim.
Sanzalando
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