Rodeado de zulmarinho por todos os lados, olhos abertos para ver os recifes, as pedras e os peixes multicolores que a minha imaginação acredita haver, mesmo que eu não os veja de olhar verdadeiro. Olha ali um cachucho, uma garoupa, um mero, uma morianga, uma mariquita, aquela pedra até que parece uma âncora. Vendo mais de perto até que é uma âncora forrada de mexilhão. Como é bonito o fundo do zulamrinho visto desde a minha memória, auxiliada pela estórias ouvidas do Raul Gomes.
Como é lindo sempre o zulmarinho quando está assim feito um mar de calma e serenidade, uma tranquilidade em que as minhas lágrimas já deixaram de o salgar mas ainda não foi capaz de fazer o sorriso perder o tom amarelado pálido.
A velha ponte entra mar a dentro e dizem um tal de filho dum rei por aqui passou. Eu só a recordo porque é a amarra do meu mar do lado de lá, enquanto do de cá sou eu que limito as pontas como uma toalha de piquenique deitada na areia multicolor.
Sanzalando
Sem comentários:
Enviar um comentário