Vejo e sinto o zulmarinho. Estou cansado para entrar nele pelo que me estendo aqui na areia das mil cores e disparo o olhar para o ondular doce dessa água salgada, como se tivesse boca que eu lhe beijo, como se tivesse curvas que acaricio, como se fosse gente de me fazer perder a cabeça.
Zulmarinho, pudesses tu falar todas as coisas que eu queria te ouvir e os meus instintos seriam insanos como sussuros de respiração alterada, ofegante em que o gelo da noite se tornaria quente ternura de um só corpo de verão.
Pois é, zulmarinho, vai chegar um dia que tu me esquecerás e terás outros horizontes que nem as bebidas mais fortes me farão esquecer as lembranças do meu passado contigo, nem novos sorrisos me darão conforto nas noites quentes do inverno e ficarei a saber que viver é difícil mas esquecer ainda é pior.
Sanzalando
Sem comentários:
Enviar um comentário