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1 de agosto de 2013

Hoje areiamarinhei

Zulmarinho virou zangado parece lhe caiu calema em cima e lhe revoltou as ondas. Foi Neptuno ou uma kianda que lhe reviraram os remoinhos e depois de eu ter boiado numa leveza de fazer inveja a muitos barrigas grande, ele virou fera e hoje não deu descanso na minha cabeça. Foi só rebolar, levar pancada até todos os músculos que sei que tinha mais uns que aprendi hoje doem parece é fogo dentro deles.
Assim tive que sentar na areia, levando salpicos, e foi então que fiz meus pedidos ao dono das palavras para eu poder falar coisas, em canções, em memórias, em pensamentos, no tempo, na forma, mas de forma serena em contraste com esse areiamarinho que hoje me joga fora parece lhe fiz mal. Te chamo mesmo espumamarinho, areiamarinho porque hoje não tens nada de zulmarinho.
Aqui na areia e de olhos postos nele eu lhe admiro em silêncio mas o praguejo em voz alta porque estou a aprender a desesperar, é assim um de não saber esperar melhores dias.
Com tudo isto o tempo passou e está tudo tão igual. Hoje areiamarinhei.
Não me peças para sorrir se hoje não me deste motivo para isso e se me perguntares qual o amor que eu mais gostaria de receber eu tenho a resposta na ponta da língua. Te respondo, cara na cara, que é o amor próprio. Mas nota que não é por egoísmo mas sim porque sei que esse nunca me vai faltar. E toma!


Sanzalando

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