Atiro o olhar para o zulmarinho e, sentado em silêncio, contemplo o mundo que imagino exista para além de mim. De verdade que é preciso viver uma vida para se aprender a fazer isso. Só nós, os mais velhos, conseguem ver isso assim sentado a olhar para lá do além ao sabor do marulhar. Eu e o zulmarinho num silêncio quase perfeito, sagrado mesmo conseguimos estar assim sentados, lado a lado. Os jovens, por inquietude e impaciência quebram sempre o silêncio, não conseguem escutar o marulhar e para se ver o mundo para alem da gente o silêncio é sagrado.
Atiro o olhar e confortavelmente em silêncio converso-me. Extremo paradoxo.
Sanzalando
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