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30 de agosto de 2013

eu sei, até já, zulmarinho

Agora que o sol deixou de ser o que era, o zulmarinho não tem mais o brilho que ele lhe dava e a disposição não é mais a mesma de ver as coisas pelo lado brilhante, penso é hora de esquecer o zulmarinho num para mais tarde lhe voltar a dizer ou lhe ouvir palavras.
Eu sei que nada vai ser a mesma coisa, que os campos castanhos mesmo que verdejam, o céu mesmo que limpo nunca terá a cor desse zulmarinho que afogou as minhas mágoas e a mim também.
Eu sei que outras palavras poderão ver a cor dos meus lábios, que tu sabes que estarei aqui mesmo que não vejas, que tudo posso perder num segundo mesmo que tenha demorado uma eternidade a ganhar.
Eu sei que sabes. Eu sei que sei. Mas as palavras ainda não proferidas não sabem o que serão e eu nem sei que caminhos lhes darei.
Eu sei que neste tempo parece tudo foge, as coisas parece deslizam para longe, outras se aproximam num fingir que não se atinge.
Eu sei que preciso fazer um monte de coisas, de dizer páginas de palavras. Mas isso fica para um depois, logo se vê.
Eu sei, zulmarinho, que me perdi nos teus braços para esquecer outros abraços e caí sempre no vazio do abismo solitário para onde me atirei voluntária e suicidamente.
Eu sei, zulmarinho, outros tempos haverá onde eu te falarei de igual para igual e aproveitarei os teus longos mares para dizer nas minhas kiandas, meus irmãos e nos apenasmente amigos, que as minhas palavras são palavras de fantasia e imaginação que saem dos lábios que tem vezes também servem para beijar.
Termino-te, zulmarinho, dizendo que eu te vou esquecer, por uns tempos é certo, e se por qualquer acaso os nossos olhares se entrecruzarem é apenas porque tu estás no meu caminho e que desde que eu te esqueci nunca mais me lembrei.
Eu sei que aos poucos me fui apagando, assim como o sol, por inteiro, num todo de até já.

Sanzalando

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